Preparei os olhos, preparei o quarto, preparei os outros.
Esqueci de preparar minha mente, não sei como o faço e no fundo, não quero saber. Não consigo aceitar que existe uma escolha que precisa ser feita. Dói.
Dó do meu coração que não sabe conviver com esse sentimento. Alguns anos de vida e poucos momentos de abandono. Isso gerou uma baita auto-estima... Que está prestes a desabar.
Noites mal-dormidas é tudo que tenho. Sonhos, dores no peito, ânsias de vômito. Em pensar que esses são os mesmo sentimentos do inverso da situação. São os mesmos tremores da paixão, da ansiedade pelo novo. E confessamos, não deixa de ser a mesma coisa.
Estou batendo à porta da vida nova. Estou às vésperas do nunca vivido. Estou em pânico.
Estou num transe esquisito que não me deixa fazer qualquer escolha. Talvez saiba porquê, talvez, não.
Eu não sei o que é isso, eu não sei do que preciso, só sei que dói. Só sei que sinto pena de mim mesma, do meu futuro.
sábado, 27 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
clausura cíclica
na perpétua dualidade
entre razão e emoção,
na corda bamba da (in)decisão.
persiste na vida delgada, sem escolhas.
abre a gaveta
entende a ocasião e escolhe a melhor delas,
colorida, preta, branca
a que brilha, a que apaga
a mentirosa, dissimulada ou a franca
se cabe falar, calar,
agredir, convencer,
se finge que cala,
se finge que fala
se finge fazer
mas chega a hora
em que a face incha
olhos se esbugalham
o que esconde se desespera
a máscara já não cabe mais
o mundo te examina, avalia
enlouquece sem decidir
corre sem agir
se esconde pra viver.
entre razão e emoção,
na corda bamba da (in)decisão.
persiste na vida delgada, sem escolhas.
abre a gaveta
entende a ocasião e escolhe a melhor delas,
colorida, preta, branca
a que brilha, a que apaga
a mentirosa, dissimulada ou a franca
se cabe falar, calar,
agredir, convencer,
se finge que cala,
se finge que fala
se finge fazer
mas chega a hora
em que a face incha
olhos se esbugalham
o que esconde se desespera
a máscara já não cabe mais
o mundo te examina, avalia
enlouquece sem decidir
corre sem agir
se esconde pra viver.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
"Ser covarde...
Ter medo da vida, ter medo da morte, ter medo de si próprio...
Ser covarde é ser desgraçado. Ser covarde é não ter fé, não ter esperança, é viver sem viver.
A covardia anula a criatura. O covarde não caminha, porque tem sempre medo do que o aguarda fora do seu âmbito.
Ser covarde é paralisar-se."
(C. Pinto)
Ter medo da vida, ter medo da morte, ter medo de si próprio...
Ser covarde é ser desgraçado. Ser covarde é não ter fé, não ter esperança, é viver sem viver.
A covardia anula a criatura. O covarde não caminha, porque tem sempre medo do que o aguarda fora do seu âmbito.
Ser covarde é paralisar-se."
(C. Pinto)
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Intempérie
Foi uma semana árdua. Foram dias difíceis, onde a Doutrina foi posta a prova. Pela primeira vez perdi uma pessoa de forma "definitiva" e me vi em desespero. Vanderléia Carraro, 25 anos, presente no vôo Rio-Paris. Um sonho, um desejo ardente, uma listinha de compras dos amigos, o primeiro vôo de avião, o medo, saudável, a ousadia, a alegria. Vanvan. Passou por minha vida por breves 6 meses, deixando uma marca maravilhosa, a lembrança de uma menina alegre, que sabia tratar o próximo, que era cheia de objetivos. Como as tantas outras 227 pessoas que estiveram com ela. Um resgate coletivo, como chamamos, difícil de aceitar naturalmente. Uma viagem cheia de indivíduos onde a bondade no coração era a característica que predominava. Coincidência? Nem preciso responder.
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