Passam-se as horas
lágrimas prontas, impetuosas
ansiosas para escorregar
por esses olhos ressecados.
Não haverão manhãs como estas
felizes
não irão desejar dias belos
sinceros
Não olharão pra mim com esses olhares
constantes
curiosos
Nosso sorriso não estará estampado
será saudosista, apático.
As horas estão passando
minutos escorrem entre dedos e dentes...
perduram, entristecidos.
Poucos passam pelo que passo.
Se apagam diante do engano
pensam continuar vivendo
Sei que não.
Partes morrem
migalhas ficam
.
Pelos cantos. Pelas paredes.
Pelo ar. Pelo chão.
Gargalhadas, trocadilhos
Dentes cerrados, olhos de ressaca
Não quero - nunca mais
passar pelo que estou passando
viver o que estou vivendo
Quero esquecer a dor desse dia
Tortuoso. Eterno. Frio. Vazio. Último.
14/01/2005 - último dia secundarista