tudo está no seu lugar.
os amores que chegaram, os que partiram.
os que me cercam, o que eu limito.
trabalho todos os dias em nome da ordenação mental. por vezes, me escapa. mas volta. e eu redescubro uma vida bem desenhada, escolhida, amparada.
“a espiritualidade me acompanha”, ela me disse ontem caminhando no sol com o rosto muito branco. e de onde não se espera, vem a lembrança de que não estamos soltos como poeira espanada de um móvel. nem o pó está perdido. somos função todo tempo, ao outro e a nós.
que não faltemos onde somos demandados.
que respeitemos silêncios, alarmes, os choros mal-vindos e a ardência da falta.
a arte desperta tantas dores.
e as dores acordadas me convidam muito a voltar pro que faltei.