domingo, 12 de setembro de 2010

quando a poesia mudou de rumo.

Hoje acordei torta, acordei morta, acordei pronta pra viver
Desculpei os silêncios, relevei as atrocidades e deixei passar a estupidez.
Sua estupidez que não deixa ver que eu te procuro.
Essa blindagem deveras grossa e grosseira que nos faz distante

Estou partindo pra cada vez mais longe
Seguindo prum caminho reto sem vida que me faz marear
Que me dá vertigens de tédio.
Sem a menor perspectiva de galgar nossos passos
Sem mais estreitar laços

Arranho minhas paredes tirando a tinta das idéias falsas
Rabiscando o reboco com sonhos inalcançáveis
Revirando o cimento no estômago cheio de suco de esquecimento
Sumo dos novos gostos
Exsudato infeccioso que me move a aceitar a repetição do acontecimento.
Exatidão dos sentidos mal dosados que nos faz acreditar em espelhos.