segunda-feira, 17 de maio de 2010

Prazer chamo-me acaso


...E você diz tanta coisa, tem tantos argumentos, tantas lamentações. Às vezes me vejo perdida.


Queria mudar tudo isso, só extendendo minha mão.
Quero estalar meus dedos ao pé de seu ouvido, dizer meia dúzia de palavras sutilmente profanas e enxergar uma pessoa simples, sem muitos.... você sabe.

Vejo você perguntar "o que eu estou fazendo ali?", e te respondo que também não sei... penso que era comigo que deveria estar. Audácia? Desculpe-me.
Você "sai" do bar e se projeta para outro lugar. Mas pra onde?
Seu ritmo é difícil de acompanhar e a nuvem de pensamentos que te rodeia é densa e eu não te alcanço. Incapaz, eu? Sem dúvida. Quando se trata de você, as coisas não andam nada simples.
Aí, você percebe que está no lugar errado, ao lado de quem não queria estar...
"Tudo é superficial demais para mim..."
Humilde, não? Mas que assim seja. Nada é, de fato, tão profundo como você. E como eu quis imergir nesse mundo, ... Mas o medo tomou conta e só de pensar em não conseguir voltar mais pro meu real, fazia-me desviar o olhar.
Fugi.
Fugi de você, fugi desses estranhos olhos arrebatadores de menininhas inocentes, esquivei-me desses braços e de seus abraços, da boca voluptuosa, das narinas quentes que exalavam um cheiro que até então não sabia. "Era uma época em que eu conseguia esquecer quem eu realmente sou..." [belles mots] Nossas pernas nunca se cruzaram e nunca se cruzarão.

Triste?
Evidente, mas de fácil compreensão.