quarta-feira, 19 de junho de 2024

virei uma avistadora de palavra
umas vem
pousam e partem
outras cagam na minha cabeça em sorte

visitam minha vida casa trabalho
por vezes batem no vidro do eDIFÍCIL espelhado que construí nos anos

avisto também as palavras das pessoas
admiro sua chegança
sua frequência de vir sempre pela manhã
alvor(oç)ando a vida delas com bater de poasas

não mais fazer
ver acontecer
contentar com as cores me atravessando
acreditar silenciar
esperar a história delas
todas encantadas
que não avisam mas se avistam
chegar