quinta-feira, 20 de junho de 2024

passado o rubro outono
deu-se alegria em campo aberto
semeadura espontânea de colheita imediata
dos meus frutos antigos
redescobertos

armazenados em bom estado
galhos crescem no meu coração-corpo
como veias de cadencia desordenada
chamam atenção sem alarido
pintam em tons de terra as letras todas
marcam o solo castigado

tem-se aqui e então a poesia fértil
que o destino tratou de cultivar
em liberdade estranha e reconhecida
herança fraterna daquela morreu viva