quinta-feira, 14 de outubro de 2010

poesia de ônibus outra vez.

A gnt nem nota q vive
Tem uns tantos meses q tô nessa
Dsligada do q passô
Sofrendo p hobby
Tendo tantas maos
[correndo em minha cintura
A gnt nem nota q skece

Dsencanada dos teus vacilos
Dandos alguns passos ousados
Foi preciso ficar só pra saber o que posso

E agora vibro pelos dias contentes
Vivo os dias presentes
Nem escolho as palavras
Não ilustro com erudição
Troco pernas num prosecco
Me despenteio, pinto os olhos
Descontruo uma imagem lapidada
Sei que o ridículo
, esse que acompanha uns tantos,
pressente uma história comigo
Mas não me descuido do gosto
e não corro perigo.

Peço perdão aos vocábulos
Por pecar nesses versos
No fundo sou eu mesma
Difusa, Clarice, intrépida
Apenas tentando simplificar.