domingo, 11 de fevereiro de 2018

Sinto que as relações com o outro ocupam muitos lugares de mim.
A manhã veio silenciosa.
Mas é daquele silêncio que dói fino feito punção, que passa dentro do peito em desconforto. A sensação é de descontrole, mas de algum modo é como se estivesse calculado, previsto, quase monitorado.

A crise, e isso aprendi com minha mãe, sempre vem. Ainda que torrencial, ainda que garoando. Vem quando necessário. Percebe espaço pra acontecer ao ver as mentes intensas nas idéias fixas. É como se soubesse medir a densidade dos pensamentos, e sistematicamente afrouxasse laços que não tinham mais como apertar. Ainda sem maturidade, não aceito as crises em paz.
Desconheço qualquer procedimento que permita contorno, sou completamente sugada e experencio quase compulsoriamente a dor de não ser.