segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cromatografia líquida de alta eficiência

lua encosta clara
toca meu rosto espalha
sente meus dentes lisos
não tão brancos
beges de vida fatigada

lua assusta falha
faz que inebria mas treme
tola em alma que envolve
encanto cai perene

lua derrete chora
aflora sentidos de luz própria
nua perdoo volto
forço um amor a lua
nuca arrepia
sente outra vez escuta

lua pura certa vez puta
sorri recua lua ecoa acordes
desmonto penso vejo
lua intenta conta
monta imagem barra miragem

lua mãos cheias peito arfante
mata morre faz viver mentira
grave reprime quando olho
lua só permite voz mão boca
palavra para ludibriar
mão em minha saia leve alada
boca em silêncio tangente que sufoca.