sábado, 25 de dezembro de 2010

da família Columbidae


Onde começa e termina.
O que é sentido e vivido.
O que se faz igual, movimenta, sacode, espalha e muda.
O que é saudável. E o que é pensar?

Frases que não vieram na cabeça, não foram rascunhadas e sequer soam poesia.
Hoje resolvi escrever vomitando, cheia de reticências como certas coisas novas que tenho lido.
Coisas vindas de uma fonte querida, cheia de vitaminas e sais minerais.
Frases reticentes, exclamantes, exalantes. Frases que têm cor e cheiro. Sentidos de vitória, quase renascimento.

Hoje eu vou quebrar o que se espera. Vou dizer que sou feliz e toda dor que eu transpiro em versos não passa de uma grande mentira. Vou escarnecer sorriso e fazer piada da incoerência da minha poesia. Vou colocar três exclamações nas frases de impacto pra provar que sou capaz de perder essa arrogância que tenho ouvido por aí. Eu vou dizer que amo isso tudo a minha volta. Vou dizer que estou mega auto-ajuda e devo isso a onda de novas informações que recebi ainda pouco, me fazendo quebrar uma sequência de 'EU SEIs' que coloquei na minha mochila. Venho ultrapassar meus medos, esbravejar meus anseios. Ser juvenil. Quero erguer o peito, encolher a barriga, abrir as narinas pro cheiro de maresia, pro suor vindo de um sol esperado; o que tenho pra dizer é que de um dia que não esperava muito, ganhei mais. Engarrafei o vento, troquei o sentido da palavra e substitui um líquido por outro. Eu me hidratei. Preciso dizer que fiz poesia e anotei na mente. Fotografei com os olhos e vou guardar longe do mofo das idéias velhas. Vou contar pro mundo que existe um lugar onde as aves gorjeiam juntas e todas são ouvidas. Hoje aprendi a escutar. Escutar uma risada e pensar que é a melhor coisa do mundo.

E não fui muito distante.
Fui ali, na parte onde o silêncio é presente, a vida é clara e os passos são poucos, mas muito largos.

Cheia de Egos. Lutando contra todos. Vencendo alguns muitos.

Àquele que de tanto, virou muito e agora não sai mais.